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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 3 de março de 2010

ZH repete - absurdamente - que a polícia descarta hipótese de homicídio



Ora, quem sabe foi suicídio, então?

É tamanho o empenho da mídia amiga e a polícia yedista em classificar o assassinato do ex-secretário de Fogaça como latrocínio (desqualificando o suspeitoso caráter político do crime) que acabaram perdendo a noção do sentido dos vocábulos "homicídio" e "latrocínio".

Como eu não sei desenhar com lápis hidrocor, vou tentar explicar através do amansa-burro do Houaiss, verbete "latrocínio" (fac-símile acima).

Se houve um assassinato, logo ocorreu um homicídio, necessariamente. Ponto. Não há a mais débil hipótese de não ter havido homicídio. Latrocínio é a intimidação mediante uso de arma, seguido de morte ou não. Assalto à mão armada é sempre latrocínio, havendo óbito ou não da vítima.

No caso do ex-secretário de Fogaça, a defesa do autor da morte pode alegar "legítima defesa", já que o mesmo apenas teria reagido à agressão iniciada por Eliseu Santos, conforme relato de testemunhas.

A propósito do tema, ouçam a banda The Killers:

The Killers - Exitlude
Found at skreemr.com

22 comentários:

Katarina Peixoto disse...

Na verdade, o que ocorreu foi abigeato. Instituto Sollus, Investigação Pathos, Polícia Federal, Empresa de Segurança Privada e PTB são uma espécie muito lucrativa de gado.

gustavo disse...

Feil, o clicRBS mudou a pouquinho a manchete, já não diz mais que não houve homicídio.

Anônimo disse...

O blogueiro deveria tomar uma boa dose de amansa burro. SEMPRE OCORRE MORTE EM LATROCÍNIO. É errado, UM ABSURDO dizer, como se disse, que "assalto a mão armada é sempre latrocínio". Se eu fosse o blogueiro tiraria logo esse frase que revela desconhecimento e ignorância. Latrocínio é quando ocorre assalto seguido de morte. A intenção dos criminosos não é matar, mas assaltar, mas por vicissitudes, acabam matando. O fato real e verdadeiro é que Eliseu Santos não foi executado, mas foi vitima de assalto (os ladrões visavam o carro) e foi morto (o que caracteriza latrocínio). E a prova cabal e conclusiva é um exame de DNA. O caso está encerrado. Inês é morta. Nelson Budapeste.

Anônimo disse...

O blogueiro deveria tomar uma boa dose de amansa burro. SEMPRE OCORRE MORTE EM LATROCÍNIO. É errado, UM ABSURDO dizer, como se disse, que "assalto a mão armada é sempre latrocínio". Se eu fosse o blogueiro tiraria logo esse frase que revela desconhecimento e ignorância. Latrocínio é quando ocorre assalto seguido de morte. A intenção dos criminosos não é matar, mas assaltar, mas por vicissitudes, acabam matando. O fato real e verdadeiro é que Eliseu Santos não foi executado, mas foi vitima de assalto (os ladrões visavam o carro) e foi morto (o que caracteriza latrocínio). E a prova cabal e conclusiva é um exame de DNA. O caso está encerrado. Inês é morta. Nelson Budapeste.

Anônimo disse...

Prevaricação:"é um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral que consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal."
Prevaricacídio: . . . deve ser isto . . . morte decorrente da prevaricação ?!

Anônimo disse...

Legitima defesa dos homicidas também não né ô Cristóvão.

Anônimo disse...

Ao senhor nelson budapeste: consulta rápida ao dicionário: http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=latrocínio.

Gustavo Guglielmi disse...

Nelson Hungria, lembre sempre que há o "latrocínio tentado" e o "latrocínio consumado".
Sempre é latrocínio, mas não necessariamente com óbito da vítima.
O blog está correto. Quem está errado são os delagados da Polícia Civil/RS que afirmaram que não houve homicídio, conforme noticiou a Zero Hora no portal Clic RBS.

Côco Agenor disse...

Latrocínio? Como?
O quê mesmo foi roubado?
Que patrimônio da vítima foi roubado?
Houve crime contra a vida, não contra o patrimônio.
A defesa do matador PODE sim justificar legítima defesa. O matador matou para não ser morto, já que o secretário atirou primeiro.

Anônimo disse...

Os delinquentes não queriam matar Eliseu, queriam roubar seu carro, queriam praticar assalto. Como Eliseu reagiu e atirou eles atiraram e mataram Eliseu. Isso não é homicídio, mas latrocínio, porque o que importa aqui é a intenção e a intenção era de roubar e não de matar. Eles correram o risco do próprio assalto. Vocês estão desviando do assunto, sobre o qual se debruçaram a semana inteira de forma impiedosa, no sentido de que Eliseu foi executado pela camarilha de malvados que tomou conta do RS. Isso não ocorreu, porque Eliseu não foi executado, ele foi vítima de assalto seguido de morte. E por isso Inês está sepultada em Alcobaça. Entenderam ou querem que soletre? Ou preferem uma dose maciça e coletiva de "amansa burro"?
Nelson Budapeste

Ju disse...

Amo os Killers e essa música em especial.

bj.

Flexa Ligeira disse...

Nelson Tu Dá Peste, não seja burro rapá.

Olha o absurdo, não é homicídio, é o que então Pedro Bó?

Anônimo disse...

Eu desisto, o nerso bunda peste tu és mesmo um IMBECIL !!!!!!!

flics disse...

Nelson Bu(n)da Peste:

Manda logo teu endereço, estou precisando urgente de um detetive assim tão competente... antes da polícia tu já resolvestes o caso e ainda tens tempo de aula de português.

Minino, tá ti perdendo donde?!!! O que qui a zéhaga y a tia tão eiperando prá ti contratua???

Metalúrgicos disse...

Lembrem do lema cantado pela RBS em seus veículos: "Prá fazer a TV que você vê / Agente faz muita coisa que você não vê..." Além da riqueza da rima, há de se dar o braçom a torcer por admitirem fazer muita coisa que a gente não vê, não é mesmo?
E a propósito do assunto... Tô andando prá esse caso. Depois do assassinato do Elton Brum, encomendado porém com vítima errada, pouco me importa um político a menos. Pena ser apenas um.

Abra$$o disse...

Por que o Nelson Bunda Peste não admite logo que é o Maia. Tudo que ele escreveu aqui está também no Depósito de Lixo dele. Se liga Meia e vaza!

Anônimo disse...

Com todo o respeito, é absolutamente irrelevante essa discussão terminológica (foi latrocínio? em que hipóteses se pode chamar de latrocínio e em que hipótese se deve chamar de homicídio). Isso nada mais é do que aquele juridiquês masturbatório mais rasteiro. Cá pra nós: isso é tudo bobagem. Podemos deixar que certos promotores se deliciem com essa bobajada nas suas sustentações orais no júri ou em suas participações em programas de rádio ou de tevê. O que importa é se o cidadão foi executado ou se foi um crime "casual" (ou seja, uma tentativa de furto ou roubo que não deu certo). E isso, senhor Budapeste, ainda não está esclarecido. Por um motivo muito simples: ninguém (atenção: NINGUÉM) foi preso! O exame de DNA teria indicado um nome (e aí haveria uma prova técnica), mas quanto a esse indivíduo ter ligações com uma "quadrilha especializada no furto de automóveis", isso é apenas a palavra dos delegados. Não há NENHUMA PROVA disso. E mais: o sujeito nem foi preso e já se diz o que ele estava fazendo lá. Cá pra nós: essa pressa da polícia em fechar questão em torno do latrocínio é muito estranha. Só espero que os tais "ladrões de carro" apareçam VIVOS, e não boiando no Guaíba ou em um matagal qualquer.
Carlos

Luís disse...

Eu quase não acredito, pelos neo-pós-modernistas dizerem que latrocínio não é homicídio... TÓINNNNNNNNGGGGG!!!

Tanto pesudo-discernimento técnico para disfarçar o óbvio: apesar dos seus bons agentes públicos, a polícia gaúcha tem ZERO DE CREDIBILIDADE investigativa.
E, para ser justo, lembro que isto é notório não só agora, neste desastre social de (des)governo transloucado... é pelo menos desde os tempos da ditadura, desde o caso Selibertti (se é com C ou com com um só "t", tentem me perdoar, não me latrocinem).

Anônimo disse...

Pelo amor dos Santos... Quem lida com R$9 mi jamais encomendaria um latrocínio!

É preciso fazer apologia à corrupção para querer limpar alguma coisa do nome do Eliseu Santos. Mas é preciso ser imbecil - muito imbecil -, para defender aqueles que tentam limpá-lo, mesmo que não se tenha ganho nada em troca. Eu respeito mais os corruptos do que os imbecis. Pelo menos os primeiros correm o risco de serem mortos numa emboscada pelas merdas nas quais se metem. Estes últimos não, são uma peste infindável e não tem ninguém pra calar sua boca! Bando de baba-ovos. No dia em que forem despedidos sem eira nem beira pela Firma, talvez aprendam...

Unknown disse...

Paz e bem!

Agora é mais forte
a hipótese
de suicídio:
Eliseu teria matado Eliseu!

Pablo Vilarnovo disse...

Sempre quando alguém vai roubar outra pessoa e no processo a vítima morre, independente se houve a consumação do roubo ou não a justiça qualifica como latrocínio consumado.
Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal:

"HÁ CRIME DE LATROCÍNIO, QUANDO O HOMICÍDIO SE CONSUMA, AINDA QUE NÃO
REALIZE O AGENTE A SUBTRAÇÃO DE BENS DA VÍTIMA."

Data de Aprovação

Sessão Plenária de 17/10/1984
Fonte de Publicação

DJ de 29/10/1984, p. 18114; DJ de 30/10/1984, p. 18202; DJ de 31/10/1984,
p. 18286.

Referência Legislativa

Código Penal de 1940, art. 157, § 3º.

Precedentes

HC 48935
PUBLICAÇÕES: DJ DE 3/9/1971
RTJ 61/318
HC 56171
PUBLICAÇÕES: DJ DE 22/9/1978
RTJ 87/828

Anônimo disse...

O crime chamado de latrocínio está previsto no art. 157, § 3º do CP logo após a tipificação do roubo. Tecnicamente, só há latrocínio quando o agente criminoso tem intenção de afetar patrimônio alheio e acaba, por circunstâncias outras, matando a vítima. Este é o tipo: "Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)"
Tecnicamente, no âmbito jurídico, não é correto dizer que todo roubo é um latrocínio.
Aliás, o crime de latrocínio é julgado pelo juízo comum - e não pelo Tribunal do Júri - porque o agente tenciona atingir, em primeiro lugar, o patrimônio da vítima.
Enfim, acho que o post deve ser corrigido. No mais, não conheço os autos do inquérito e não poderia opinar. O caso é estranho. E devemos observar no que vai dar.

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