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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Diminui a diferença salarial entre homens e mulheres


No ritmo que vai, lulismo de resultados levará 87 anos para alcançar a igualdade de gênero

O estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que, se as políticas de igualdade de gênero não forem aceleradas, serão necessários 87 anos para igualar salários de homens e mulheres.

A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, comemorou a redução das desigualdades entre homens e mulheres, mas reconheceu que é preciso acelerar o ritmo de implementação das políticas.

“Desde as últimas Pnads [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios], temos tido notícias boas e más em relação às desigualdades das mulheres. A boa é que existe redução das desigualdades no Brasil. A mais importante seria que diminuiu a diferença salarial entre homens e mulheres”, disse a ministra.

“A má é que a velocidade não é a que queremos. Se fizermos uma regra de três simples, projetando os dados da Pnad para o futuro, levaríamos 87 anos para superar a diferença salarial entre homens e mulheres”, lamentou.

Na avaliação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann, as desigualdades de gênero estão diminuindo no país, mas ainda são “acentuadas”. Segundo ele, a diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho são conseqüência dos modelos agrícola e pecuário que o país viveu no passado. Para acabar com as desigualdade, disse Pochmann, é preciso que as políticas afirmativas sejam de Estado, portanto, contínuas, e não apenas de governos.

O estudo analisou 11 blocos temáticos sociais para traçar um perfil das desigualdade de raça e gênero no país. Entre os aspectos analisados estão mercado de trabalho, população, saúde, habitação e Previdência Social. A informação é da Agência Brasil.

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Não foi por nada
que Monteiro Lobato, na década de 30 ainda, classificou o Brasil de "um imenso tartarugal", face a lentidão das nossas mudanças sociais.

2 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

A lentidão de nossas mudanças está diretamente ligada ao nosso Estado tartarugal, atrasado, corporativista e nossa danosa cultura cartorial. O Brasil precisa urgentemente revolucionar o Estado brasileiro, mas isso não interessa...Mas a luta continua.

Anônimo disse...

Eu já acho que as mudanças que se necessita realmente não saem devido a ação do latifundio, do rentismo parasita, de uma classe média voltada para as bugigangas de Miami.

E assim a exploração e opressão continuam ....

Mas falar nisso não serve, como diz o Gaspari, ao andar de cima.

Claudio Dode

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