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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008


Comércio total

"Veio enfim um tempo em que tudo o que os homens tinham olhado como inalienável se tornou objeto de troca, de tráfico, e podia alienar-se. É o tempo em que as próprias coisas que até então eram comunicadas, mas nunca trocadas; dadas, mas nunca vendidas; adquiridas, mas nunca compradas - virtude, amor, opinião, ciência, consciência, etc. - em que tudo enfim passou para o comércio.

É o tempo da corrupção geral, da venalidade universal
".

Karl Marx, em "Miséria da Filosofia" (1846-47).

14 comentários:

Anônimo disse...

Estas e outras citações de Marx podem ser lidas tendo como trilha sonora a música de Philip Glass feita para o maravilho filme/documentário "Koyaanisqatsi: Life out of balance"! Obrigado por lembrar que as idéias do grande filósofo estão vivas e o pior: acontecendo! Tudo o que foi previsto é realidade neste exato momento! É o Big Brother Geral - Vale Tudo - A corrupção total do corpo e do espirito!

Anônimo disse...

No mercado, o produto consciência é negociado direto, mais que ações da Petrobrás...
armando

Anônimo disse...

Armando, não precisa ir no mercado, basta chegar perto de uma redação de jornal.

Anônimo disse...

Sendo que nas redações eles vendem a consciência para ter com o que ir ao supermercado no fim do mês e naturalmente comprar um carrinho de mil cilindradas para exibir na rua em que mora.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Que discurso mais mofado, quer dizer, então, que o povo brasileiro não faz sua revolução porque sua cabeça é feita por aqueles que vendem consciência? Como se a mídia alternativa de esquerda fosse a legítima detentora da boa consciência, da boa moral, da boa história, da boa verdade, da boa boa vontade.... Marx morreu no século ultrapassado, enterrem o velhinho!!!!

Anônimo disse...

Não somos nós que não o deixamos em paz, mas a direita predadora, separatista e dona de quase 70% do PIB (se incluirmos o dinheiro que está fora do país) que não quer, que não deixa que Marx repouse em paz, pois tudo que fazem dá razão ao velho Carlos Marx. Essa é a questão.

No plano internacional, nem se discute, pois até os defensores do "fim da história" - direita no poder nos EUA, reconhecem que o velho parece que vive hoje, tal os acertos. Veja a questão do militarismo iniciado por Roosevelt, amaciado por Kennedy, desenvolvido por Reagan e hoje incrementado por Bush Jr : é a base da realização do capital, junto com o consumo desenfreado. Tal situação está levando o dominante império a uma situação insustentável, pois tem que engolir seus aliados no plano políbico (Inglaterra, França, etc).
armando

Anônimo disse...

digo, plano político

Anônimo disse...

E tu Maia, vendes o quê atualmente? ainda tens o que vender, ou já foi tudo pro prego?

Anônimo disse...

anônimo voce está certo é "políbico", do pretérito imperfeito do "não verbo" polibiar que significa tergiversar e desinformar. Maia, tens o nome do homem. Honra pelo menos isto. Marxismo foi a filosofia que previu exatamente a crise moral, em todos os sentidos, que o ser humano esta vivendo hoje. Isto não se limita ao plano de esquerda e direita. A decadência moral provém da falta de escrúpulos para conseguir mais e mais - É disto que estamos falando. O mundo está desmoronando - acorda!

Carlos Eduardo da Maia disse...

O Carlos Marx foi um grande crítico, mas um péssimo conselheiro. O Marx crítico não pode nunca ser enterrado, porque necessário, mas o Marx conselheiro este já morreu faz muito tempo. Enterrem e enterrem já o Conselheiro Marx!

Anônimo disse...

Incrível o empirismo de Maia, como se faz para fatiar uma pessoa em duas. Uma parte, vc. classifica assim, outra parte, vc. classifica assado.
Sendo que o assim e o assado são completamente antagônicos.

E o Maia ainda quer que o levem a sério!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Normal, Prieb, Marx apontou como ninguém as contradições do capitalismo, suas nuances, seus mecanismos, seus poderes, a questão da ideologia. nequivocamente, Marx foi um grande critico do sistema, mas na hora de apontar um caminho, uma solução ele se aliou a uma figura limitada e ressentida, filho de um industrial e que pagava as contas de Marx e da tadinha da Jenny, que foi F. Engels. E juntos escreveram o Manifesto e outras baboseiras. O jovem Marx solitário era bem melhor do que o velho e endividado Marx da velhice.

Anônimo disse...

Maia, não chuta. Marx nunca tratou diretamente da questão da ideologia. Não chuta. Isso aqui não é um campo de pelada.

Unknown disse...

Para o Maia que aprecia um Freud: "o mundo não é propriamente um berça´rio".

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